A Universidade Agostinho Neto – UAN realizou, na passada terça-feira, dia 25 de Setembro de 2018, no Centro de Conferências de Belas, em Luanda, a Cerimónia de Outorga, a título póstumo, do Título Doutor Honoris Causa, ao seu Patrono e Primeiro Reitor, Dr. António Agostinho Neto.
A homenagem que a UAN faz a Agostinho Neto é merecida, porquanto o seu patrono ajudou a fundar e a engrandecer esta universidade. Contudo, o título de Doutor Honoris Causa atribuído a Neto é, normalmente, presenteado à pessoas que, mesmo não tenham um Curso Superior (que não é o caso de Agostinho Neto), mas se tenham destacado díspares, nos seus afazeres (políticos, sociais, académicos, humanitários, científicos, etc.) diante de outras individualidades.
Na ocasião, a viúva de Agostinho Neto, Maria Eugénia Neto, recebeu um Diploma de Neto das mãos de Magnífico Reitor da UAN.
Maria Eugénia Neto apelou aos presentes a unirem esforços para a conclusão, faseadamente do o Campus Universitário, por formas a dotar a universidade de imóveis e infra-estruturas, tais como oficinas, laboratórios, hospital universitário e as residências dos professores e estudantes.
MSc Adalberto Luacuti e Prof. Doutor Carlos Pedro Cláver Yoba
Na cerimónia, muitas foram as individualidades que marcaram a sua presença, no intuito de elevar o nome do primeiro Presidente de Angola, com especial realce à figura de Magnífico reitor da Universidade lueji A´Nkonde, Professor Doutor Carlos Pedro Cláver Yoba, em paralelo com MSc. Adalberto Luacuti, Professor da ULAN e Antigo Decano da Faculdade de Direito da mesma Universidade.
Depois da cerimónia o Magnífico Reitor Carlos Yoba da ULAN, manteve contactos com Magnífico Reitor Miguel Miranda da Universidade Cuito Cuanavale, Magnífico Reitor Francisco Silva da Universidade KimpaVita, Magnífico Reitor Filipe Zau da Universidade Independente de Angola com os quais tratou de assuntos de interesse comum.
Para além do lado académico de que se pode explorar em Neto, ele foi um homem ímpar e multifacetado. Como se sabe, António Agostinho Neto nasceu em 1922, em Caxicane, na região de Icolo e Bengo, nas cercanias de entre Bengo e Luanda, mas ele pensava Angola, pensava no angolano na sua plenitude, não importava, a Neto, se fosse de Huambo, Cunene, Lundas, Uíge ou Cabinda, sim, o que para ele importava mais é a Unidade Nacional: “de Cabinda ao Cunene um só povo e uma só Nação”.
Agostinho Neto é formado em Medicina e, em vida, prestava serviços filantrópicos, que permitiam ajudar as famílias mais vulneráveis em termos financeiros, salvando vidas humanas. Foi um combatente da linha da frente. Foi o Presidente do MPLA desde 1962, altura em que começa a comandar os guerrilheiros do movimento libertador. Lutou contra o colonialismo e venceu-o. Procurou sempre unir os irmãos desavindos, aproximando todos os quadrantes da nação angolana. Neto é, também, escritor e considerado o “Poeta Maior”, dada a sua acutilância de escritas bem versificadas bem inspiradoras.
Dr. António Agostinho Neto é alcunhado “o Guia Imortal”, pelo facto de ter uma visão futurista e, sobretudo, profética de acontecimentos ocorridos ou venham a acontecer não só em Angola, mas também em África (quiçá, no mundo), basta ver e ouvir os seus discursos, muitos dos quais remontam há décadas, mas ainda actuais e actuantes.
Um dos feitos maiores de se orgulhar da figura de Agostinho Neto é o de ter Proclamado a independência, a 11 de Novembro de 1975 e, consequentemente, foi o Primeiro Presidente da república Popular de Angola. Presidente Neto faleceu, vítima de doença prolongada, a 10 de Setembro de 1979, em Moscovo, cujas exéquias fúnebres foram realizadas a 17 do mesmo mês e ano.
Em virtude daquilo que foram os seus feitos como nacionalista, achou-se, por bem, homenageá-lo, atribuindo o seu nome à Primeira e única universidade em Angola da época.
Bem-haja Universidade Agostinho Neto!
Bem-haja Angola!